De VUCA para BANI: a Nova Economia e o que muda na sua carreira.

A Nova Economia é resultado da chamada 4ª Revolução Industrial, marcada pela enorme transformação digital, pela globalização e pela mudança de perspectiva de um mundo VUCA (volátil, incerto, complexo e ambíguo) para um mundo BANI (frágil, ansioso, não linear e incompreensível).

No artigo da vez, vamos entender melhor quais são as características dessa nova era e o que muda na sua carreira a partir dela.

Bora?

Entendendo a Nova Economia

A revolução digital está aí para nos mostrar que muita coisa pode e deve ser feita pela nossa carreira. Mais do que isso, para apontar tendências de crescimento em algumas áreas que, no passado, nem existiam.

Segundo o Institute For The Future, 85% dos empregos que existirão em 2030 ainda não foram inventados, o que significa que cerca de 70% das crianças de hoje em dia trabalharão em profissões que ainda não existem concretamente, mas que, muito possivelmente, serão frutos do crescente avanço científico e tecnológico.

Por outro lado, se a revolução digital demandará novas profissões no futuro do trabalho, a necessidade de humanizar as relações tende a despontar como o grande diferencial da Nova Economia, sobretudo quando a digitalização, a automatização e a robotização dos processos acabam transformando o ser humano no ativo mais valioso de uma organização e/ou mercado: há competências genuinamente humanas (as chamadas soft skills) que nenhuma máquina no mundo é capaz de substituir.

Sim! Na Nova Economia, marcada, também, por um aumento crescente de casos de ansiedade, depressão, estresse e Burnout, o movimento que tenderemos a observar, com cada vez mais frequência, será para o lado de dentro: o autoconhecimento como potencializador de mais inteligência emocional, autoestima, resiliência, análise crítica, adaptabilidade e muitas outras competências que serão capazes de aumentar o valor de mercado daquele que se propuser a desenvolvê-las com consistência e com uma pitada de vulnerabilidade também.

Velhas certezas sobre o mundo e sobre nós mesmos cairão por terra, dando espaço a novas maneiras de ser, viver e trabalhar, fundamentadas em valores ligados ao minimalismo, à simplicidade, à qualidade de vida e à busca por mais propósito e verdade em todas as áreas das nossas vidas.

Por falar nisso, a Nova Economia é a do lifelong learning. No bom português: aprendizado contínuo para toda a vida.

Num cenário frágil, ansioso, não linear e incompreensível (lembra do BANI?), em que só a mudança é permanente, as pessoas terão, cada vez mais, que aprender, desaprender e aprender novamente sempre que necessário, seja por meio do ensino formal ou do informal, com forte tendência à valorização de experiências e do chamado ??skin in the game? em detrimento do diploma.

Em consequência disso, o ser humano autodidata e protagonista da própria carreira e da própria vida é o que tende a brilhar com mais potência nos palcos de uma era sedenta por ainda mais liberdade: não só a geográfica, de tempo e de dinheiro, mas, também, aquela liberdade que, como bem disse Cecília Meireles, ??é uma palavra que o sonho humano alimenta, não há ninguém que explique e ninguém que não entenda.?

 

Principais características da Nova Era

>> democratização do acesso à informação.

>> fim das barreiras geográficas

>> economia descentralizada

>> potencialização do empreendedorismo e do papel do criador de conteúdo e do influenciador digital

>> alto potencial de execução: no mundo digital, é possível criar um negócio do zero, com baixíssimo risco e investimento

>> aumento da competitividade e, ao mesmo tempo, da economia compartilhada

>> modelos de negócios ágeis, que convergem com a tecnologia

>> possibilidade de crescimento exponencial

>> mais liberdade para inovar e fazer mudanças (transições de carreira, inclusive)

>> o indivíduo se torna cada vez mais o protagonista da própria carreira

>> alta valorização de competências comportamentais e socioemocionais, as chamadas soft skills

>> diploma importa menos do que bom senso e demais competências técnicas e comportamentais

>> skin in the game (“colocar a pele em risco”) importa mais do que currículo

>> errar muito, errar rápido e errar erros novos

>> a diversidade chega com muita força, tanto no consumo quanto nas empresas

>> crescente valorização da responsabilidade social e do mostrar que se importa

>> contínua inovação, com equipes multidisciplinares e modelos de gestão menos hierárquicos

 

E como se destacar profissionalmente na Nova Economia?

 

  1. Lifelong learning (aprendizado contínuo para toda a vida)

Essa é uma das habilidades mais relevantes até 2025, segundo o Fórum Econômico Mundial.

 

  1. Autoconhecimento e autodesenvolvimento

> Capacitação técnica: são as competências que colocam você no jogo.

> Capacitação comportamental: são as competências que fazem com que você se destaque nele.

 

  1. Construção de uma marca pessoal forte

Seja qual for a sua área ou modelo de trabalho escolhido: você é a sua marca. Portanto, investir na construção de uma marca que seja capaz de refletir seus valores, talentos, paixões e objetivos de vida e carreira é fundamental para gerar conexão e se destacar no mercado.

 

  1. Marketing pessoal e presença digital

Tão importante quanto saber, é saber mostrar que sabe. Num cenário em que a concorrência tenderá a ficar cada vez mais acirrada, apenas fazer um bom trabalho não será mais suficiente: é preciso fazer um trabalho acima da média, diferente do senso comum e que seja capaz de gerar uma forte percepção de valor agregado.

 

  1. Rede de contatos

As melhores oportunidades da sua carreira (e da sua vida) virão pelas pessoas, não pelo currículo. Nesse sentido, focar na construção de um bom networking, fundamentado numa via de mão-dupla e em relações de longo prazo, fará muita diferença no seu futuro profissional.

 

E se a gente errar?

Vamos errar. Mas vamos errar erros novos.

De preferência: rápido. E para frente.

 

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